A gestão estratégica de custos deve ser utilizada como importante instrumento gerencial na condução dos negócios.
A unidade de esforço de produção é uma forma de custeio baseado no princípio da absorção, visando a arbitrariedade em outros critérios de rateio e gerenciando o processo produtivo como um todo, onde se baseia na unificação da produção para simplificar o processo de controle de gestão. A mensuração do desempenho da empresa é feita por meio de custos e medidas físicas de eficiência, eficácia e produtividade.
A eficiência representa o nível de produção alcançado, se comparado com a produção que seria conseguida no período de expediente. A eficácia relaciona-se a eficiência do trabalho e é calculada confrontando-se a produção que se obteve com a produção que em tese se deveria obter no período trabalhado. A produtividade horária é obtida com a produção do período sendo dividida por um ou mais insumos.
O principal objetivo desse método é simplificar os processos de cálculo e a alocação de custos a vários produtos, medir a produção de inúmeros itens no mesmo período de tempo, administrando a produção, controlando custos e avaliando desempenhos.
Para isso, o modelo de esforço divide a empresa em postos operativos e estabelece o esforço necessário para que estes trabalhem, levando em consideração inúmeros elementos de custos como: mão de obra direta e indireta, encargos sociais, depreciação, energia elétrica, manutenção, materiais de consumo, entre outros, pois, esse método se preocupa em medir o custo de transformação de cada produto, ou seja, o esforço necessário para transformar a matéria-prima em um produto acabado.
Portanto, é com base no roteiro dos produtos e no tempo que eles demandam de cada posto operativo, chega-se a quantidade de unidade de esforço de produção absorvidas por cada um. Sendo assim, o produto que consome maior esforço de produção deverá absorver a maior parte dos custos indiretos ocorridos naquele período.
Essa forma de cálculo e alocação de custos traz muitas vantagens em relação a outros métodos de custeio, como, por exemplo, saber:
· O esforço de produção global da fábrica mensurado em uma unidade única de medida;
· O esforço de produção de cada setor da fábrica, em determinado período;
· A capacidade de produção de cada posto operativo ou da fábrica como um todo.
O modelo de esforço oferece uma gama de informações não disponíveis nas implementações de custos por absorção comuns, tornando esse método mais robusto no que diz respeito à mensuração de performance e estruturação para um processo de tomada de decisão estratégica.
A alocação do custo industrial pelo modelo de esforço dá ao gestor maior precisão técnica das informações obtidas, fornecendo de maneira clara, subsídios para a melhoria dos processos de fabricação, apontando onde devem ser realizadas ações de redução de custos, como gerir de maneira eficiente a produtividade da fábrica, analisando as reais capacidades fabris e comparando os inúmeros processos de fabricação de produtos das mais diferentes naturezas e inclusive de plantas fabris distintas, promovendo um benchmarking interno dos processos de fabricação.
É necessário levar em consideração que um método de custos que traz vantagens competitivas a indústria, não deve somente indicar o custo de um produto, mas também, os custos de seus processos, passo a passo, máquina por máquina, operação por operação.