Uma das mais importantes demonstrações contábeis de uma organização é o Fluxo de Caixa, mas você sabe de fato o que é e como analisar e compreender a geração de caixa do seu negócio?
O DFC (Demonstrativo de fluxo de caixa) é fundamental para verificar a viabilidade financeira de uma empresa, tendo como principal objetivo apresentar todas as entradas e saídas de caixa em determinado período de tempo, ou seja, ele visa à manutenção adequada das operações financeiras, dessa forma o gestor saberá quanto pode gastar, quanto se tem a receber, entre outras informações relevantes.
Para um melhor entendimento do DFC, é viável que o mesmo esteja dividido entre: atividades operacionais, atividades de financiamento e atividades de investimentos.
Atividades operacionais: esse item deve abranger todos os fluxos decorrentes da produção e entrega da atividade principal da empresa. O grupo reúne dados tanto da DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) como do balanço patrimonial.
Atividades de financiamento: compreendem os fluxos referentes ao capital próprio, por exemplo, sempre que a empresa paga dividendos ou juros sobre capital próprio, uma saída de caixa é registrada neste tópico.
Atividades de investimentos: engloba o que a empresa gasta com despesas de capital, tais como aquisição de imóveis, automóveis ou qualquer outro ativo que tenha o objetivo de manter o negócio em funcionamento.
Todas as informações obtidas no DFC subsidiarão futuras decisões sobre empréstimos, investimentos, consignações e distribuição de lucros entre sócios, por isso, são de extrema importância.
Em teoria, existem dois métodos de apresentar o fluxo de caixa, de forma direta ou indireta. O método direto indica as entradas e saídas de caixa de forma clara e objetiva, por exemplo: Recebimento de clientes (+) Pagamentos a fornecedores (-), entre outros. O método indireto, ao contrário da forma direta, não evidencia diretamente as entradas e saídas de caixa.
Depois de somados todos os fluxos de caixa decorrentes das três atividades (operacionais, de investimento e financiamento), chega-se à variação total de caixa, e para que haja um bom controle de fluxo de caixa, é preciso fazer a gestão com base na analise desses dados.
A exploração do DFC ajuda o empreendedor a entender melhor o uso de caixa da empresa e é indispensável para se distinguir de onde vem e para onde vai o dinheiro da companhia, auxiliando assim, no planejamento estratégico. Ou seja, o fluxo de caixa é a ferramenta com a qual gestor pode contar para fornecer informações objetivas sobre a realidade financeira da empresa, podendo antecipar necessidades, e levar a tomada de decisões relacionadas a possibilidades de financiamento, investimentos, contratação de mais pessoas ou, se for o caso, realização de cortes nas despesas e substituição de fornecedores, por exemplo.
No entanto, é importante ressaltar que as métricas de análise do DFC devem estar sempre em conformidade com os objetivos e o real contexto em que a organização está inclusa.
Sua atualização deve ser realizada frequentemente, pois, para que o fluxo de caixa seja efetivo e reflita a realidade financeira da empresa, é preciso registrar todas as operações em curso. Além disso, é por meio dele que muitos investidores decidem investir ou não em determinada empresa, pois é por ele que se atesta a saúde financeira da companhia.