A alocação de custos refere-se ao ato de ratear os gastos ocorridos para a produção de um produto, sendo essencial para alocação dos gastos gerais de fabricação e mão de obra por cada produto que foi beneficiado e industrializado em determinado período de tempo, no entanto, muitas empresas não utilizam um critério coerente para o rateio dos custos de cada produto
Ao não utilizar um método de análise crítica, a empresa não sabe efetivamente qual o custo de cada tipo produto individualmente e consequentemente , no ato da venda deste produto , o CPV (Custo de produto vendido) fica incoerente , gerando possíveis analises incorretas de margem de contribuição que cada produto contribui para a empresa
Quando não há uma alocação adequada, um produto acaba subsidiando o outro, impossibilitando à empresa uma gestão mais adequada e realista. O controle individualizado permite não só identificar os custos, mas também planejar possíveis cortes ou troca de fornecedores das matérias-primas utilizadas ou mesmo reavaliar se vale a pena continuar fabricando este produto.
Além disso, a definição dos custos de maneira adequada é primordial para a empresa no que tange a formação do preço de vendas.
No geral, as organizações alocam os custos indiretos de fabricação no custo total de fabricação; sendo que este por sua vez pode carregar consigo custos da improdutividade; horas de retrabalho; e atividades não correlacionadas ao produto, prejudicando assim, a análise gerencial de forma correta.
Portanto, no primeiro momento, é fundamental identificar as atividades e os custos diretos de fabricação de cada produto. Após isso, é necessário medir também o tempo e mão de obra destinada as atividades de produção de cada tipo de produto.
Assim, ao invés de apresentarmos uma alocação de custos dividida de forma igualitária, o ideal é que se saiba exatamente o esforço gasto em cada processo de produção de cada item, tendo em vista que, a maneira como são alocados os custos influenciam no valor total dos custos de cada produto, pois, os critérios de rateio utilizados ocasionam variações significativas.
Para melhor entendimento, vamos imaginar um exemplo: Sua empresa fabrica dois tipos de produtos ‘A’ e ‘B’, se for adotado o mix de produtos como critério de rateio para o custo de energia, será então realizada uma divisão proporcional (50%/50%) para cada produto. No
entanto, se for levado em consideração que a produção do produto ‘A’ consome mais energia que o produto ‘B’, o custo será alocado de maneira incorreta em ambos, sendo contabilizado para o primeiro item um custo menor que o real, e para o segundo um custo maior.
Por isso, a importância em se determinar quais atividades de produção consomem maior ou menor recursos e esforços da empresa, pois, possibilitará uma melhor definição dos custos dos produtos, e como consequência a melhora na qualidade da informação para as tomadas de decisões.
Fazer a alocação de custo de maneira assertiva, dentro de uma visão orientada nos processos, tem como benefício o melhor controle de custos, sendo possível utilizá-la como uma importante ferramenta de análise, tanto para a formação dos preços para fazer frente à concorrência ou até mesmo eliminar custos e despesas improdutivas geradas na empresa.
Veja a seguir um vídeo comparando uma alocação linear do esforço x alocação por esforço